A VIAGEM DO MARTELO NO LEITO DO WATU

Documentário – Sinopse:
A Viagem do Martelo no Leito do Watú: um percurso entre “cachoeiras, antropófagos e Imatós (botoques)”

(Trajeto 01: Pirá Syk Aba) conta a saga do francês Jean Antoine Félix Dissandes de Monlevade quem em 1827 consegui auxilio para mobilizar cinco divisões militares e dezenas de índios botocudos para transportar os equipamentos de sua fábrica de ferro, da foz do rio Doce (Watú) até São Miguel de Rio Piracicaba (atual cidade de João Monlevade), a mais de três centenas de quilômetros de distância.

A importancia desse relevante acontecimento para a história e cultura do nosso território se deve ao pioneirismo de Jean Antoine Félix Dissandes de Monlevade. Este foi talvez um dos maiores eventos da história do império, devido ao seu ineditismo e complexidade

Parte 1: Introdução do Documentário

O documentário conta a saga do francês Jean Antoine Félix Dissandes de Monlevade quem em 1827 consegui auxilio para mobilizar cinco divisões militares e dezenas de índios botocudos para transportar os equipamentos de sua fábrica de ferro, da foz do rio Doce (Watú) até São Miguel de Rio
Piracicaba (atual cidade de João Monlevade), a mais de três centenas de quilômetros de distância.

Depois de extensa pesquisa bibliográfica o documentário propriamente dito tem seu inicio no conjunto arquitetônico e paisagístico do Solar da Fazenda, em João Monlevade onde se destacam o Museu Monlevade do Ferro e do Aço e o Monumento aos Pioneiros, uma homenagem àqueles que ajudaram a implantar a primeira siderúrgica integrada da América Latina. Jean Antoine Félix Dissandes de Monlevade (1791-1872) foi um dos pioneiros da siderurgia no país, desembarcou nas terras do antigo arraial de São Miguel de Piracicaba (hoje município de Rio Piracicaba) e deu início, por volta de 1818, à construção de sua residência: o Solar da Fazenda Monlevade.

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DESENVOLVIMENTO DO DOCUMENTÁRIO

Saímos de terra firme e entramos na segunda etapa do documentário. Esta parte se passa no Rio Piracicaba em Minas Gerais, pertencente a bacia do rio Doce. Neste documentário vamos mostrar um resumo de sua história, localização, municípios, afluentes, hidrelétricas e trajeto da nascente até desaguar em sua foz no rio Doce. A corrida no ciclo do ouro, intensificada nas regiões de Mariana e Ouro Preto, levaram Bandeirantes e garimpeiros a explorar novas regiões formando arraiais nas margens do Rio Piracicaba a partir do final do século XVIII.

O nome do rio dado pelos nativos Originários, “Piracicaba” significa “lugar onde o peixe para” pelas inúmeras quedas em sua extensão. No século XX, a exploração de minério de ferro exigiu a instalação da via férrea (EFVM) e vários núcleos urbanos foram se consolidando, em sua bacia, para exploração de madeiras e instalação de usinas siderúrgicas em João Monlevade e Vale do Aço que aproveitaram os recursos do Rio Piracicaba, com um bom volume de água e muitas quedas, para produção de energia elétrica para o seu consumo.

O rio Piracicaba nasce na Serra do Caraça, distrito de São Bartolomeu no extremo norte do município de Ouro Preto, em uma altitude de 1.680 m e percorre por 241 Km até a sua foz, no rio Doce, entre os Municípios de Ipatinga e Timóteo. Seus principais afluentes são os rios da Prata, de Peixe, Maquiné, Santa Bárbara e os ribeirões do Turvo e Severo, formando uma bacia com 5.465,38 Km2, pelos municípios de Alvinópolis, Antônio Dias, Barão de Cocais, Bela Vista de Minas, Bom Jesus do Amparo, Catas Altas, Coronel Fabriciano, Ipatinga (foz), Itabira, Jaguaraçu, João Monlevade,
Mariana, Marliéria, Nova Era, Ouro Preto (nascente), Rio Piracicaba, Santa Bárbara, Santana do Paraíso, São domingos do Prata, São Gonçalo do Rio Abaixo e Timóteo (foz).

As rodovias que cortam a Bacia do Rio Piracicaba são a BR 120, BR 381, BR 262, MG 123, MG 232, MG 326 e MG 434. As Barragens que foram construídas para produzir energia elétrica no rio Piracicaba são pequenas, mas com boa capacidade de produção e as mais importantes estão em João Monlevade (Barragem de Jacuí), para atender parte da demanda da antiga companhia Siderúrgica Belgo Mineira e em Antônio Dias (Sá Carvalho), para atender parte da demanda da antiga companhia ACESITA.

As águas do Rio Piracicaba banham as cidades e distritos de Santa Rita Durão, Fonseca, Rio Piracicaba, João Monlevade, Bela Vista de Minas, Nova Era, Antônio Dias, Coronel Fabriciano, Ipatinga e são usadas para beber, irrigar, lavar, resfriar e despejar dejetos de residências, indústrias e
muitas vezes como lixeira. Não é difícil imaginar o estágio de poluição e riscos de contágio que podem provocar e mesmo assim são usadas também para lazer, banhos e pesca. O descaso de autoridades e usuários é tão grande quanto os riscos que podem causar e causam.

Felizmente ainda existem indivíduos e organizações que dispensam parte de seu tempo em campanhas de conscientização e revitalização de nascentes, matas ciliares e redução de poluição por despejos de residências, indústrias e precisamos nos engajar, se não nas campanhas, pelo menos em hábitos que não nos tornem cumplices.

O DESFECHO DA HISTÓRIA

Depois de percorrer por 241 km o Rio Piracicaba chega a sua foz, no rio Doce, entre os municípios de Ipatinga e Timóteo. Neste ponto do Trajeto 01 a Primeira Etapa da Viagem do Martelo chega ao seu fim. Na foz do Pirá Syk Aba nos deslumbramos com o leito do Watú, mais longo, doce e caudaloso ele se apresenta como um novo desafio à continuidade do percurso até o mar. Sigamos entre “cachoeiras, antropófagos e Imatós (botoques)”.

LIVRO OS BORUN DO WATU – Geralda Chaves Soares -1992

Em 1989, retomando de um ato de solidariedade ao Povo Ianomami, os Krenak solicitaram ao CEDEFES que pesquisasse a história de seus antepassados, relatando-a em um livro, afim de torná-la viva para que os seus jovens de hoje conhecessem a vida e a resistência de seus antepassados, entendendo melhor a história de hoje. Esse livro quer ser para os Krenak instrumento para:
. reafirmar sua identidade;
. agilizar o processo de demarcação da terra; bem como divulgar sua história para outros povos indígenas e para a sociedade brasileira.
Nessa perspectiva, procurei organizar a documentação escrita existente e também a história oral que o Povo Krenak traz gravada na memória. Nem tudo que foi gravado na aldeia está neste livro, mas tenho certeza que, vendo cada foto, cada desenho, lendo cada página, os Krenak vão contar uns para os outros o que nele falta!

ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

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DIÁRIO DE BORDO – A Viagem do Martelo no Leito do Watú: um percurso entre “cachoeiras, antropófagos e Imatós